Introdução: No Brasil, atualmente, há cerca de 300 mil portadores de Síndrome de Down. Esta síndrome é a forma mais frequente de deficiência mental causada por uma alteração cromossômica microscópica que acarreta maiores chances de doenças associadas, como os problemas relacionados ao sistema respiratório que interferem diretamente na qualidade de vida desses indivíduos. Objetivos: Avaliar a força muscular respiratória em indivíduos com Síndrome de Down, bem como comparar os valores medidos de Pressão Inspiratória Máxima e Pressão Expiratória Máxima com os preditos para idade e gênero. Metodologia: Tal estudo foi realizado no período de março de 2013 a fevereiro de 2014, com 19 indivíduos portadores de Síndrome de Down, com idades entre 8 e 46 anos, selecionados por meio de um banco de dados disponibilizado pelas APAES dos municípios de Pimenta-MG e Formiga-MG mediante consentimento dos pais. Os voluntários foram medidos e pesados para posterior cálculo do Índice de Massa Corporal e, utilizando-se manovacuômetro, foram submetidos a avaliação de força muscular respiratória, que a Pressão Inspiratória Máxima (PI. Máx.) e Pressão Expiratória Máxima (PE. Máx.). Resultados: Quando se comparou a PI. Máx. prevista com a PI. Máx. obtida e a PE. Máx. prevista com a PE. Máx obtida observou-se diferença significativa (p=0,000). Nas correlações das variáveis: IMC, Idade com PI. Máx. obtida, PE. Máx. obtida, observou-se correlação apenas entre as variáveis IMC e PE. Máx. Obtida. Conclusão: Com os resultados obtidos, enfatiza-se a importância da criação de programas de fisioterapia cardiorrespiratória para essa população, a fim de prevenir possíveis complicações e instalações de patologias, com o intuito de reabilitar a perda funcional já instalada e, assim, também proporcionar uma melhor qualidade de vida para essa população.