Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), X Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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Avaliação dos efeitos citotóxicos e genotóxicos dos chás de Bauhinia candicans, Foeniculum vulgare, Mentha pulegium e Morus nigra utilizando o bioensaio Allium cepa
Suyanne Simões e Silva, Reginaldo Cruz Alves Rosa, Lília Rosário Ribeiro

Última alteração: 2014-08-29

Resumo


Introdução: Bauhinia candicans (pata-de-vaca), Foeniculum vulgare (funcho), Mentha pulegium (poejo) e Morus nigra (amora) são espécies vegetais amplamente utilizadas na medicina popular brasileira com grande potencial em derivar novos medicamentos para o tratamento de diversas patologias. Entretanto, estudos sobre a citogenotoxicidade dessas plantas são escassos e de extrema importância por fornecerem informações quanto à seguridade de sua utilização. Objetivo: Avaliar os efeitos citotóxicos e genotóxicos dos chás de B. candicans, F. vulgare, M. pulegium e M. nigra sobre o ciclo celular e a estrutura cromossômica de Allium cepa. Metodologia: O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos de cinco repetições, mais o grupo controle. Os chás comerciais foram preparados por decocção seguindo as recomendações do fabricante. Para os ensaios citogenéticos, sementes de A. cepa foram expostas aos chás por 72h, fixadas em solução Carnoy por 24h e estocadas a -4°C. As lâminas foram preparadas segundo a técnica do esmagamento. Para cada tratamento foram analisadas 5000 células, sendo avaliados o índice mitótico e a presença de alterações cromossômicas e nucleares. Todo o trabalho foi desenvolvido no UNIFOR-MG. Resultados: O chá da folha de F. vulgare na concentração de 100 g/L; o chá comercial dos frutos dessa mesma espécie, na concentração de 20 g/L e todas as concentrações avaliadas do chá comercial de M. nigra (2; 10 e 20 g/L) apresentaram efeito citotóxico, pela significativa redução do índice mitótico (Teste Tukey - p<0,05). O chá da folha de F. vulgare, na concentração de 50 g/L, e o chá comercial de M. nigra, na concentração de 10 g/L, mostraram efeito genotóxico, pela expressiva indução de alterações cromossômicas, tais como: poliploidia, cromossomos perdidos, fragmentos cromossômicos, stikness e pontes anafásicas e telofásicas. Conclusão: Tendo em vista a confiabilidade do bioensaio A. cepa, pode-se concluir que os chás comercias de B. candicans, F.vulgare (frutos) e M plegium são considerados seguros, desde que sejam consumidos na concentração de 10 g/L. Por outro lado, o uso do chá da folha de F. vulgare e do chá comercial de M. nigra não é recomendado, uma vez que eles induziram efeitos citogenotóxicos no bioensaio utilizado.


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