Última alteração: 2014-08-29
Resumo
Introdução: O uso de plantas para fins medicinais é uma prática extremamente difundida, exercida desde os primórdios da civilização humana e ainda amplamente requisitada. Considerando o atual cenário da saúde pública, há um grande interesse em se encontrar substâncias com potencial de proteger o material genético contra mutações que estão diretamente envolvidas no desenvolvimento de uma variedade de doenças humanas, tais como o câncer. Objetivos: avaliar o efeito antimutagênico dos chás comerciais de Bauhinia candicans, Foeniculum vulgare, Mentha pulegium e Morus nigra sobre o bioensaio Allium cepa e realizar uma triagem fitoquímica para identificação dos principais grupos de metabólitos secundários presentes nos referidos chás. Metodologia: Para avaliação do potencial antimutagênico dos chás, sementes de A. cepa serão induzidas à germinação com água destilada por 16h e, em seguida, serão transferidas para placas de Petri e submetidas a cinco diferentes tratamentos, sendo eles: T1 - controle negativo com água destilada; T2 – tratamento com os chás por 24h e, posteriormente, com metil-metano-sulfonato (MMS) por mais 24h; T3 - tratadas, simultaneamente com os chás e com MMS (1:1) por 48h; T4 - tratadas com MMS por 24h e pós-tratadas com as infusões por mais 24h; T5 - controle positivo, com MMS. As raízes obtidas serão coletadas, fixadas em etanol / ácido acético (3:1) e estocadas a -4°C até o uso. As lâminas serão preparadas pela técnica de esmagamento e coradas com orceína acética (2%). Para cada tratamento serão analisadas cinco lâminas e avaliadas 1000 células/lâmina, totalizando 5000 células por tratamento. O percentual de redução das alterações no ciclo celular e a presença de micronúcleos (MCN) serão calculados para cada tratamento em relação aos grupos controle. Para todos os parâmetros avaliados será realizada análise de variância com pós-teste de Tukey (p<0,05). Resultados esperados: Obter dados sobre os possíveis efeitos antimutagênicos de B. candicans; F. vulgare; M. pulegium e M. nigra sobre o organismo-teste (A. cepa) e identificar, por meio da análise fitoquímica, os principais grupos de metabólitos secundários que fazem parte dos constituintes dessas plantas medicinais, uma vez que eles podem justificar os efeitos observados no bioensaio.