INTRODUÇÃO: O uso de casas de vegetação em experimentos acadêmicos ou no cultivo de plantas de interesse comercial permite controlar, pelo menos em parte, as condições ambientais, influenciando no seu desenvolvimento. OBJETIVO: Considerando a luz como um dos principais componentes do desenvolvimento vegetal, o objetivo deste experimento foi avaliar as taxas de radiação solar de uma casa de vegetação com cobertura de polietileno de 120 µm, em seu interior e fora dela, localizada no Centro Universitário de Formiga (UNIFOR-MG), lotada com plantas de alface. METODOLOGIA: Foram feitas 50 leituras, utilizando-se o luxímetro Icel LD510, em intervalos de duas em duas horas, em dias com diferentes condições atmosféricas, procedendo-se, em seguida, a análise de variância de três fontes de variação: “ambiente”, “dia” e a interação “ambiente x dia”. Procedeu-se, assim, a verificação da normalidade da distribuição dos erros, adotando-se o procedimento estatístico necessário. RESULTADOS: Os resultados mostraram que nenhuma das três variáveis apresentaram p-valor<0,05. Isso indica que não há diferença significativa, isto é, não existem diferenças nas taxas de radiação solar dentro e fora da casa de vegetação, independentemente, da condição atmosférica; contudo, nessas condições, os dados apresentaram um alto coeficiente de variação (128,73%), denotando a não-normalidade dos dados. Ao realizar uma transformação logarítmica, evidenciou-se que a fonte de variação “ambiente x dia” apresentou um p-valor<0,05, mostrando que há diferença entre os dias da semana, além reduzir o coeficiente de variação para um nível experimentalmente aceitável (11,21%). CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que as condições atmosféricas apresentadas pelos diferentes dias do experimento foram mais importantes que o material plástico de cobertura, quando comparadas às taxas de emissão de radiação solar, dentro e fora, da casa de vegetação.

Palavras-chave: Interferências atmosféricas. Interações. Estatística.