Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XI Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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A LINGUAGEM CONTRA O SEXISMO
Jade de Sousa Rodrigues, Nélida Reis Caseca Machado

Última alteração: 2015-11-11

Resumo


INTRODUÇÃO: Através da linguagem, há a propagação de pensamentos e valores dentro de uma coletividade. A língua é um importante meio de transmissão de ideias que podem influenciar nos comportamentos sociais. Em especial, tem influenciado nos comportamentos que tendem a atribuir valores e funções diferentes para homens e mulheres, em razão da diferença de sexo, tanto que tem sido pensada uma nova forma de linguagem para evitar determinados estereótipos, com alteração do uso do masculino como forma genérica e neutra, criando outros termos neutros ou inserindo o feminino na linguagem para uma linguagem inclusiva. É este o ponto estudado neste semestre para o desenvolvimento da pesquisa. OBJETIVO: Verificar como a linguagem forma e perpetua preconceitos sociais relacionados à questão do gênero e como isso pode ser desfeito pela própria linguagem. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica, utilizando o método hipotético-dedutivo. RESULTADOS: A língua é e sempre foi o maior e mais importante instrumento de socialização utilizado pelas civilizações e representa o modo como as sociedades percebem o mundo. Desse modo, reflete os vários comportamentos existentes e por ser um reflexo desses comportamentos, perpetua vários preconceitos, principalmente, aqueles com relação ao gênero, fortalecendo a ideia de inferioridade feminina com relação aos homens, atribuindo papeis diferentes a homens e mulheres e desvalorizando as atividades femininas com relação às mesmas atividades realizadas por pessoas do sexo masculino. CONCLUSÃO: O emprego de determinadas palavras e expressões que tragam estereótipos que determinam papeis vistos como tradicionais e o uso do feminino com intenção de denotar posse/domínio induzem a uma desvalorização da mulher e acaba mantendo e reforçando a ideia de inferioridade feminina em relação aos homens. Acentua, também, a ideia de subordinação social. Dessa forma, a linguagem mantém estereótipos estipulados para as mulheres dentro das sociedades. Romper com esse ciclo também é tarefa da linguagem e através dela poderia haver uma nova percepção de mundo que culmine em alteração social.

 

Palavras-chave: Sexismo. Gênero. Linguagem.

 


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