Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XI Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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ANÁLISE HISTOLÓGICA DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR LEISHMANIA NO MUNICÍPIO DE FORMIGA-MG
Fabrício Gomes Melo, Daniela Rodrigues de Faria Barbosa, José Maurício da Rocha Júnior, José Barbosa Júnior

Última alteração: 2015-11-12

Resumo


INTRODUÇÃO: As leishmanioses são infecções parasitárias causadas por protozoários do gênero leishmania que acometem o homem, animais silvestres e domésticos. Dentre os animais domésticos, o cão é incriminado como reservatório da leishmaniose visceral no ciclo urbano da doença. A grande variabilidade em relação aos sintomas apresentados pelos cães sugere mecanismos imunopatogênicos também variados que podem resultar em diferentes graus de parasitismo tecidual. OBJETIVO: Avaliar alterações físicas dos cães infectados, bem como suas lesões ao exame pós-morte, alterações histopatológicas e as possíveis correlações entre os achados. METODOLOGIA: O presente trabalho contou com nove cães com leishmaniose naturalmente infectados, provenientes do município de Formiga – MG, e selecionados por inquérito sorológico. Foram analisados os dados referentes à sintomatologia dos cães, anatomopatológia e histopatológia da pele da orelha, fígado, baço e linfonodos. Para a análise histopatológica, os tecidos foram corados com hematoxilina e eosina. Através da técnica de imunohistoquímica foi possível marcar as formas amastigotas de leishmania e realizar a contagem nos diferentes tecidos utilizando o SoftwareImageToll 3.00. As análises estatísticas foram realizadas com o emprego do programa de estatística JUMP, SAS. O teste de análise de variância não-paramétricoTurkey-Kramer foi aplicado com a finalidade de verificar a existência de correlação entre diferenças significativas entre grupos sob comparação. As análises de correlação entre diferentes parâmetros foram estabelecidas com o emprego de análise de regressão. Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. RESULTADOS: Os cães foram classificados como sintomáticos ou assintomáticos. Cães sintomáticos apresentaram correlação positiva entre o parasitismo da orelha e o parasitismo do baço. O aspecto clínico destes não apresentou correlação com o parasitismo dos tecidos, e cães de ambos os grupos, independente da sintomatologia, mostraram grande importância epidemiológica, por apresentarem elevado parasitismo na pele. Entretanto, a intensidade do infiltrado inflamatório presente na pele da orelha de cães assintomáticos influenciou de maneira negativa o parasitismo local, sugerindo um mecanismo de resistência à doença. CONCLUSÃO: A heterogeneidade das alterações entre os animais sugere diferentes perfis imunológicos atuando na lesihmaniose visveral canina. A comparação entre os achados sugere uma correlação entre a presença de formas amastigotas, os achados anatomopalógicos e histopatológicos.

 

Palavras-chave: Leishmaniose canina. Patologia. Imunohistoquímica.

 


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