Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XIII Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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NÍVEIS DE CORTISOL E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Gabriella Luciana Oliveira, Camila Medeiros Costa, Angélica Cristina Sousa Fonseca, Andrei Pereira Pernambuco

Última alteração: 2017-11-23

Resumo


Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo. Caracteriza-se por sintomas motores como bradicinesia, tremor em repouso, rigidez e distúrbios posturais. Frequentemente sintomas não motores como depressão, ansiedade, alterações cognitivas e distúrbios do sono são relatados pelos pacientes. O padrão de sono pode estar relacionado ao comportamento do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) responsável pela liberação de cortisol. Objetivo: Avaliar os níveis de cortisol salivar em pacientes com Doença de Parkinson e sua correlação com a qualidade do sono. Material e Métodos: Participaram do estudo 23 voluntários com DP, 14 homens e 9 mulheres, com idade média de 69.95 ± 7.23 anos e tempo de diagnóstico de 6.91 ± 5.86 anos. As amostras de saliva foram colhidas na parte da manhã, e os níveis de cortisol foram determinados por meio de Ensaio Imunoenzimático (ELISA). Para avaliação da gravidade da doença utilizou-se da escala de Hoehn & Yahr (H&Y) e para avaliação da qualidade do sono, o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI). As análises descritivas e de correlação foram realizadas no software GraphPad Prism v5.0 com nível de significância α=0,05. Resultados: Os níveis salivares de cortisol variaram de 333 a 2250 pg/ml, com média de 1058 ± 555 pg/ml e mediana de 957 pg/ml. Em relação à escala de H&Y, observou-se uma variação entre 1.5 e 3 pontos, com média de 2.23 ± 0.47 pontos e mediana de 2 pontos. O escore total do PSQI apresentou variação entre 2 e 16 pontos, com média de 8.65 ± 3.53 e mediana de nove. No escore total do questionário, 86,96% dos participantes apresentaram pontuação acima de cinco, indicando má qualidade do sono. Observou-se uma correlação significativa e positiva entre a pontuação no PSQI e os níveis de cortisol em DP (r= 0,436 e p = 0,038). Nenhuma correlação significativa foi observada entre os níveis de cortisol com: idade, gênero ou grau da doença. Conclusão: Os achados deste estudo sugerem que os distúrbios do sono presentes nos pacientes com DP, correlacionam com os níveis de cortisol desses indivíduos, indicando um possível envolvimento do eixo HPA na fisiopatologia da doença.


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