Introdução: Ageratum conyzoides, é uma importante espécie da família Ateraceae, empregada na medicina popular brasileira para o tratamento de diversas patologias. Fatores como o baixo custo e a facilidade de acesso a essa planta contribuem para sua ampla utilização como analgésico, anti-inflamatório, antimicrobiano, antiespasmódico e cicatrizante. Objetivo: Avaliar a atividade citogenotóxica e mutagênica dos extratos aquosos de A. conyzoides, por meio do bioensaio Allium cepa. Material e Métodos: Folhas e ramos secos de A. conyzoides foram utilizados para a obtenção dos extratos aquosos, que foram preparados por meio de infusão em água destilada por 10 minutos, nas concentrações de 0,56 g/L, 2,8 g/L e 5,6 g/L. Para a avaliação do potencial citogenotóxico, sementes de A. cepa foram embebidas em água destilada por 24h para a emissão de raízes e, em seguida, submetidas aos seguintes tratamentos (T), por 72h: (T1) - controle negativo: água destilada; (T2) - controle positivo: metil metano-sulfonato (10 μg/mL); (T3) - extrato aquoso 0,56 g/L; (T4) - extrato aquoso 2,8 g/L; (T5) - extrato aquoso 5,6 g/L. O material obtido foi coletado e fixado em solução de Carnoy e estocado a -4°C. As lâminas foram confeccionadas por meio da técnica de esmagamento e coradas com orceína acética 2%. Foram avaliadas 5000 células por tratamento, foram observados o índice mitótico e a presença de alterações cromossômicas. Todas as atividades foram realizadas no laboratório de Iniciação Científica III do UNIFOR-MG. Resultados: As análises citogenéticas demonstraram que as três concentrações dos extratos aquosos de A. conyzoides foram capazes de aumentar, significativamente, (Scott Knott, p<0,05) o índice mitótico e o número de alterações cromossômicas em células meristemáticas de A. cepa, de modo dose dependente. Conclusão: Os extratos aquosos de A. conyzoides mostraram efeito citotóxico e genotóxico sobre as células meristemáticas de A. cepa, sugerindo cautela quanto ao uso do chá de mentrasto na medicina popular.