Introdução: Existem diversas tentativas de explicação para a origem da humanidade, duas dessas são mais difundidas na sociedade. A hipótese criacionista, que acredita que houve um Criador do ser humano e a teoria evolucionista, que propõe que a espécie humana originou-se de uma ancestralidade comum, passando por vários processos de seleção natural a partir de primatas primitivos. Essas concepções diferentes geram polêmicas entre a ciência e a religião. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar a concepção sobre a origem da humanidade dos alunos do curso de Ciências Biológicas do UNIFOR/MG. Material e métodos: Foi aplicada nos 2°, 4° e 6°períodos, a pergunta do questionário europeu BIOHEAD-CITIZEN: A62 “Na lista abaixo, assinale as três expressões que você pensa estarem mais fortemente associadas com a origem da humanidade”, com as alternativas “Adão e Eva”, “Australopitecus”, “Criação”, “Evolução”, “Deus” e “Seleção Natural.” Resultados: Por meio de uma análise geral foi possível perceber que 45% dos respondentes do curso de Ciências Biológicas tendem a ter uma visão criacionista associada à origem da humanidade, demonstrando assim a forte influência da religião no processo educacional [1] e 55% dos participantes apresentaram uma perspectiva evolucionista a respeito do tema avaliado. Ao analisar os resultados obtidos em cada um dos períodos, percebe-se que no segundo período do curso, 56,2% dos alunos tinham uma percepção criacionista sobre a origem, enquanto no 4°, essa porcentagem diminuiu para 43,7%; e no 6°, para 39% dos respondestes com essa visão. Conclusão: Uma quantidade significativa de discentes do curso de Ciências Biológicas não apontam pontos fundamentais da teoria evolucionista na origem da humanidade. Entretanto, ao longo da sua formação acadêmica vão mudando suas opiniões para uma perspectiva evolucionista e isso é um ponto positivo, pois serão futuros professores e, no ambiente escolar, deve-se levar em conta os conhecimentos que possuem embasamentos científicos.