Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XIII Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, IDENTIFICAÇÃO DAS CERCÁRIAS DE TREMATÓDEOS, E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PARA TRANSMISSÃO DE Schistosoma mansoni NOS MUNICÍPIOS DE FORMIGA, PAINS, ARCOS E CÓRREGO FUNDO - MINAS GERAIS
Jordânia Costa Pinto, Egídia Carolina Oliveira, Mariana Teixeira Faria, Fernando Sérgio Barbosa

Última alteração: 2017-11-23

Resumo


Introdução: A identificação de moluscos e cercárias são de grande importância para estudos da biologia como também para a saúde pública, pois algumas espécies são hospedeiros intermediários de trematódeos como Schistosoma mansoni e Fasciola hepatica responsáveis por causar sérias patologias em humanos. Além disso, também existem várias espécies de trematódeos envolvidos na transmissão de doenças para animais silvestres e domésticos. Objetivos: O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento malacológico e identificar as cercárias emergentes dos moluscos nos municípios de Formiga, Pains, Arcos e Córrego Fundo – Minas Gerais, com o intuito de determinar as áreas de risco para Esquistossomose. Materiais e Métodos: Os moluscos foram coletados manualmente com o auxílio de peneira, e transportados em caixa de isopor para o laboratório de Microscopia do UNIFOR-MG. Em laboratório, foi realizada a triagem e identificação dos moluscos através das características taxonômicas. As espécies foram separadas e colocadas individualmente em placas de cultura contendo água isenta de cloro. Os moluscos foram analisados antes e após duas horas de fotoestimulação artificial, para observação de cercárias emergentes. As larvas obtidas foram submetidas à coloração utilizando lugol e/ou vermelho neutro, para identificação das espécies através da microscopia. Resultados: Foram coletados 6644 moluscos, e identificadas nove espécies, Biomphalaria glabrata (Say, 1818), B. tenaghophila (Orbigny, 1835), B. straminea (Dunker, 1848), Physa marmorata (Guilding, 1828), Pomacea canaliculata, Omalonyx sp., Melanoides tuberculata (Müller, 1774), Drepanotrema anatinum e Lymnaea columella (Say, 1817). Entre os exemplares, 2 Biomphalaria glabrata estavam positivos para Schistosoma mansoni e 1 para larvas Echinostoma sp., 39 Physa marmorata estavam positivos para outras formas larvais.Conclusão: Considera-se que a presença de moluscos dulcícolas, hospedeiros intermediários de trematódeos representam risco para transmissão de doenças de interesse médico e veterinário, e que o conhecimento da malacofauna  é importante para a determinação de áreas de risco e transmissão da Esquistossomose e outras doenças parasitárias.

 


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