Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XV Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE MACULOSA NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2017
Brenner Frederico Carvalho Alves, Ana Júlia Silveira Chaves, Vitória Hellen Souza Pinheiro, Cíntia Siqueira Araújo Soares, Amanda Soriano Araújo Barezani, Paulo Henrique Araújo Soares

Última alteração: 2020-07-13

Resumo


Introdução: A febre maculosa (FM) é uma zoonose causada pela Rickettsia rickettsi que é transmitida ao ser humano por meio da picada de carrapatos da espécie Amblyomma cajennense infectados pelo patógeno. Esse vetor, tem por característica o parasitismo em equídeos e capivaras (hospedeiros do microrganismo). Objetivo: Por se tratar de uma doença de alta letalidade, torna-se relevante o estudo de suas características para a saúde pública. Nessa perspectiva, o presente estudo descreve o perfil epidemiológico da doença em São Paulo no período de 2013 a 2017. Material e Métodos: Para tal, foi mensurada a taxa de letalidade da FM e foram calculadas as proporções de notificações, segundo as seguintes variáveis: sexo, faixa etária e zona de infecção. Os dados foram compilados a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Entre os anos 2013 e 2017, foram notificados 833 casos de FM no Brasil. Desses, 388 (46,58%) foram notificados apenas no estado de SP. Como principais características observadas sobre o perfil dos indivíduos acometidos pela doença, destaca-se uma maior quantidade de casos em homens (76,80%); com faixa etária entre 40 e 59 anos (34,79%), seguida pela faixa de 20 a 39 anos (25,76%). Em relação às Zonas de Infecção, observaram-se resultados bem semelhantes entre residentes acometidos da zona rural (38,40%) e zona urbana (34,02%). Foram registrados 232 óbitos referentes aos casos notificados no estado, com uma taxa de letalidade de 59,79% registrada pelo agravo da doença. Os dados analisados mostram a relevância da febre maculosa como problema de saúde pública em SP. Pelos dados, sugere-se que essa tênue diferença de casos registrados entre as zonas rural e urbana seja devido à grande proximidade dos animais hospedeiros nos grandes centros.   Considerações finais: Com base nos dados alcançados com a presente pesquisa descritiva, pode-se inferir que o perfil epidemiológico de risco da doença é útil para os profissionais da saúde fomentarem atividades de educação em saúde, visando prevenir novos casos, a partir da conscientização da população.

 


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