Introdução: A fibromialgia (FM) é uma condição caracterizada por dor crônica e generalizada, associada a outros sintomas, como sono não restaurador, fadiga, depressão e ansiedade. A fisiopatologia da FM não é totalmente compreendida, acredita-se que a interação de múltiplos fatores, tais como, genéticos, endócrinos, neurológicos, imunológicos e comportamentais, entre outros, possa contribuir para a gênese e evolução do quadro clínico desta doença. O caráter multifatorial, associado à variabilidade individual observada nessa condição, dificultam o desenvolvimento de abordagens terapêuticas verdadeiramente eficazes. Até o momento, não há cura para a FM e o tratamento mais recomendado é o multimodal, que integra abordagens farmacológicas e não farmacológicas. Por alguns anos, o papel da melatonina na síndrome de FM foi investigado por vários grupos de pesquisa. Objetivo: analisar o papel da Melatonina na fisiopatologia e tratamentos da FM. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura. Buscou-se por avaliar a relação da Melatonina com os principais sintomas da FM, bem como sobre o seu papel terapêutico. Resultados: Muitos estudos focam na participação da melatonina na fisiopatologia da FM, bem como no seu papel enquanto agente terapêutico. Quanto ao envolvimento na fisiopatologia os resultados são extremamente contraditórios. Já como agente terapêutico, as evidências demonstram que a MT possui potencial para o tratamento dos principais sintomas. Conclusão: Ainda é cedo para atribuir à MT algum tipo de envolvimento na gênese e evolução da FM. Contudo, é possível que a MT possa contribuir de forma eficaz com o alívio dos principais sintomas vivenciados por pessoas com FM.