Introdução: O leite é um alimento completo para a nutrição humana e importante na cadeia produtiva de alimentos de origem animal. Sua composição físico-química pode variar de acordo com diversos fatores como: controle da qualidade dos processos, grau de higiene, qualidade genética do rebanho, tecnificação da ordenha, dentre outros. Esses fatores, muitas vezes, estão atrelados ao tipo de sistema utilizado, seja ele mais ou menos intensivo. Objetivo: Comparar parâmetros físico-químicos do leite como: contagem de células somáticas (CCS), percentual de gordura e proteínas, além dos sólidos não gordurosos (SNG) de duas fazendas, uma com criação em sistema intensivo e outra com criação em sistema semi-intensivo. Material e Métodos: O trabalho foi realizado baseado em coletas de dados do ano de 2021 das amostras mensais de leite da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL) de duas fazendas com criação de bovinocultura de leite, a Fazenda 1 está situada no município de Cláudio-MG, com criação de gado em sistema intensivo, e a Fazenda 2 está situada no município de Divinópolis-MG, que cria o gado em sistema semi-intensivo. Resultados: CCS da fazenda com sistema semiextensivo apresentou-se acima de 300.000 CS/ml, indicando um quadro inicial de mastite nos animais, enquanto a fazenda com sistema intensivo apresentou valores até 200.000 CS/ml, valor limite que indica um rebanho saudável no que diz respeito à mastite. O teor de gordura e o teor de proteína das amostras não se mostraram diferentes, já o teor de SNG foi menor na fazenda de sistema semi-intensivo. Conclusão: Nas fazendas comparadas, a fazenda com sistema intensivo apresentou resultados discretamente mais favoráveis quando comparado à fazenda de sistema semi-intensivo. Esse resultado evidencia que boas práticas de manejo das fazendas associadas a um maior grau de tecnificação da fazenda podem trazer resultados favoráveis à bovinocultura de leite.