Introdução: O ciclismo é uma das atividades esportivas mais praticadas no mundo. Pode ser uma opção recreacional, desportiva de competição, ou mesmo, um tipo de transporte. Ao se considerar as características físicas funcionais, os objetivos no ciclismo, e as demandas de cada ciclista, a literatura sugere que ajustes sejam realizados no complexo ciclista/bicicleta, a fim de se aprimorar a performance, conforto e minimizar o risco de lesões. A esse conjunto de ajustes se dá o nome de Bike Fit. Objetivo: Analisar os principais ajustes/correções realizados durante as sessões de Bike Fit. Material e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, observacional e transversal. Participaram da pesquisa, 15 profissionais Bike Fitters de diferentes regiões do Brasil. Os voluntários preencheram um formulário do Google Forms com dados de prontuários preenchidos por eles, durante atendimentos de Bike Fit. Para o estudo, informações de 513 prontuários foram utilizadas. Resultados: Com relação ao selim, em 69,6% das vezes foi necessário realizar o nivelamento do selim, em 43,5% dos casos foi realizado a elevação do selim e em 39,8% o recuo do selim. No que se refere aos ajustes da mesa (avanço), em 51,3% não foi necessário a realização de nenhum ajuste, em 22% realizou-se a elevação da mesa e em 16,4% o rebaixamento da mesa. Além destes, em 69% dos atendimentos foram necessários ajustes nos tacos da sapatilha, em 45,8% no guidão da bicicleta e em 40,5% das vezes, na manete de freio. Conclusão: Os ajustes realizados durante o Bike Fit podem contribuir com a performance do ciclista, melhorar a percepção de conforto e até mesmo reduzir o índice de lesões no ciclismo. Nesse sentido, recomenda-se que ciclistas amadores e profissionais busquem a ajuda de um profissional para ajustar o conjunto ciclista/bicicleta e, assim, aprimorar sua experiência durante a pedalada.