Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XVIII Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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FAKE NEWS E PROFESSORES DE CIÊNCIAS: UMA INVESTIGAÇÃO COMPARADA
Heslley Machado Silva, Bruna Beatriz Rocha Oliveira Silva, Mariane Cândida Melo

Última alteração: 2022-12-20

Resumo


Introdução: O uso intenso das redes sociais e da internet preocupa a sociedade de diversas formas. Um dos aspectos que mais inquieta o meio acadêmico e educacional é a disseminação e aceitação de falsas notícias científicas por esses meios. Durante a pandemia, esse fenômeno pareceu evidente, com a resistência à imunização por causa da divulgação de informações sobre vacinas. Urge entender como esse movimento acontece no ambiente da escola, pela sua capacidade de reverberar na sociedade. Objetivo: Investigar como uma amostra de professores de ciências de Formiga-MG e cidades vizinhas percebem as Fake News científicas sobre vacinas e câncer. Material e Métodos: Submeteu-se aos professores de ciências de Formiga-MG, e cidades vizinhas, um amplo questionário sobre desinformação científica, uso da internet e das redes sociais. Esse recorte analisou três perguntas que questionam se os imunizantes oferecem riscos às pessoas, se a vacina de sarampo causa autismo e se a indústria farmacêutica omite a cura do câncer. Resultados: Quase 8% dos professores de ciências inquiridos concordam que as vacinas podem gerar riscos à saúde e o mesmo percentual acredita que a vacina contra sarampo cause autismo. Em torno de 33% dos professores de ciências consideram verídica a ideia de que a indústria farmacêutica esconde a cura do câncer. Também foi possível perceber que os professores da amostra mais alinhados ao negacionismo são aqueles que obtém suas informações exclusivamente pela internet e redes sociais, não acessando outras fontes tradicionais de conhecimento. Conclusão: A maioria dos professores de ciências inquiridos da amostra não creem no negacionismo relativo às vacinas. Por outro lado, uma parcela importante concorda com a teoria conspiratória sobre o câncer difundida nas redes sociais e na internet, mesmo sem nenhuma base fidedigna. É importante dar continuidade às investigações com os professores, pois eles que introduzem a ciência para crianças e adolescentes. Também deve-se perceber como esses professores levam essas informações para a sala de aula e buscar caminhos para que eles possam ter fontes de saber mais confiáveis.

 


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