Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XVIII Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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Kimberlito como alternativa para rochagem: estudo de uma ocorrência regional
Anísio Cláudio Rios Fonseca

Última alteração: 2022-12-20

Resumo


Introdução: A demanda nacional por novas fontes de nutrientes para o agronegócio tem feito as pesquisas se voltarem para a prática da rochagem, que é a moagem de rochas para uso na adubação. Potencialmente promissor para tal, o kimberlito surge como uma opção regional. Trata-se de uma rocha ígnea ultramáfica potássica composta por olivina, flogopita, diopsídio, serpentina, calcita e quantidades subordinadas de ilmenita, apatita, magnetita, cromita, granada, diamante e outros minerais. A profundidade da fonte para magmas de kimberlito é estimada em 200 km. Os magmas kimberlíticos formam estruturas em forma de funil (Diatrema) durante a erupção, podendo ter centenas de metros de profundidade. O pipe kimberlítico deste estudo é denominado como “kimberlito Bom Sucesso”. Ocorre na região entre Divinópolis e São Gonçalo do Pará- MG, tendo sido classificado como kimberlito sensu strictu pela equipe da De Beers (Sopemi), que o denominou Alvo Junco II, na década de 1980. Objetivo: Analisar quimicamente a rocha e o solo do local e testar por meio de experimentos a viabilidade da utilização da rocha moída para adubação. Material e Métodos: Análise de fertilidade e textural de solo, fluorescência de raios-X na rocha fresca, ensaios de densidade e mineralogia macroscópica nos testemunhos de sondagem. Resultados: As análises dos solos e dos testemunhos de sondagem no local revelaram teores elevados de K, Ca, Mg e P, além de outros nutrientes. O pH é mais elevado que o normalmente encontrado em solos sob Cerrado. A rocha apresentou elevados teores de K, Ca, Fe e elementos menores, não tendo sido mensurados o P e o Mg nesse método. Quanto à natureza das granadas presentes, é indicativa de baixo potencial diamantífero. Conclusão: Os parâmetros obtidos nas análises de solo e da rocha indicam que experimentos acadêmicos controlados poderão certificar a rochagem desse litotipo como fonte de nutrientes (K, Ca, Mg, P), visto que o P e o Mg do solo são oriundos da rocha, além de micronutrientes.

 


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