Última alteração: 2022-12-20
Resumo
Introdução: O pneumotórax traumático é a afecção mais comum da rotina clínica em felinos, por serem animais propensos a quedas, brigas e outros traumas mecânicos como os atropelamentos, e essa afecção é caracterizada pela entrada de ar no espaço pleural levando a um desequilíbrio importante na mecânica respiratória do animal e ao colabamento pulmonar parcial ou total do lado acometido. O pneumotórax não tratado em tempo hábil pode levar ao óbito do animal. Objetivo: relatar um caso de pneumotórax traumático em paciente felino causado por um ataque de cão. Material e Métodos: A paciente felina, sem raça definida com idade aproximada de 1 ano e 6 meses, deu entrada em uma clínica veterinária da cidade de Formiga no dia 21/09/22, após ser atacada por um cão, apresentando dificuldade respiratória, com dispneia importante e respiração abdominal, à palpação foi possível constatar crepitação no hemotórax direito, condizente a enfisema subcutâneo. Na ausculta pulmonar foi observado crepitações no mesmo lado. Foi realizada a estabilização da dispneia com oxigenioterapia, sendo realizado analgesia com metadona, controle de quadro hemorrágico com ácido-tranexâmico e controle de inflamação com meloxicam. Após as medicações a paciente apresentou melhora no quadro respiratório, e foi mantida em decúbito lateral esquerdo para ajudar na estabilização do quadro. Na manhã do dia 22/09/22, foi realizado o RX nas posições ventro-dorsal de tórax e latero-lateral direito, sendo confirmados a contusão pulmonar seguida de pneumotórax e enfisema subcutâneo. Mediante o quadro, foi realizada a técnica de toracocentese na região médio superior do 7º espaço intercostal direito para remoção do acumulo de ar dentro do espaço pleural, sendo removido 60 ml de ar. Conclusão: Após a toracocentese, foi observado melhora imediata do quadro de dispneia, bem como do padrão respiratório previamente apresentado. A paciente permaneceu internada por 24 horas para acompanhamento e manejo do quadro de dor, inflamação e infecção. No dia 24/09/22, a paciente teve alta, seguindo com o tratamento em casa.