Introdução: A transmissão da esquistossomose ocorre quando cercárias de Schistosoma mansoni emergem de moluscos e penetram em humanos. As espécies de moluscos responsáveis pela infecção são as espécies Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila, que habitam regiões hídricas e são as responsáveis pela instalação e manutenção da doença. Desse modo, o conhecimento da malacofauna são de extrema relevância para monitoramento das áreas de risco para transmissão de S. mansoni. Objetivos: Realizar o levantamento malacológico e identificar as áreas de risco para transmissão de S. mansoni no município de Formiga-MG. Material e Métodos: Os moluscos foram coletados manualmente com o auxílio de pinças e peneiras, acondicionados em caixas de isopor e transportados para o laboratório de Iniciação Científica do UNIFOR-MG. No laboratório foi realizada a identificação dos moluscos, por meio das características conquiológicas. Os moluscos foram analisados após uma hora de fotoestimulação artificial, para possível emersão de cercárias. Resultados: No período de dezembro de 2021 a agosto de 2022, foram coletados 609 moluscos. Desses, 347 exemplares eram da espécie Physa marmorata, 94 Biomphalaria glabrata, 15 B. tenagophila, 37 Omalonyx sp., 106 Lymnaea columella, 8 Melanoides tuberculata e 2 Drepanotrema cimex. Dos moluscos capturados um Physa marmorata estava infectado pela cercária Echinostoma sp. Conclusão: Estudos nessas áreas devem ser incentivados, pois podem proceder na determinação de novas áreas de transmissão para doenças parasitárias, além disso, o diagnóstico da presença de moluscos nas regiões aquáticas na cidade de Formiga-MG permite que sejam sugeridas às autoridades medidas de controle e orientação da população das áreas de risco.