Última alteração: 2022-12-20
Resumo
Introdução: Para que ocorra a contaminação por esquistossomose é necessária a presença de moluscos das espécies Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila, que vivem em ambientes aquáticos. Nesse sentido, o conhecimento da malacofauna em coleções hídricas são de extrema importância para a identificação das áreas de risco para transmissão da Esquistossomose, como também para as doenças de interesse veterinário, visto que são várias as formas larvais que apresentam os moluscos como hospedeiros, intermediários. Objetivos: Realizar o levantamento malacológico e identificar as áreas de risco para transmissão de Schistosoma mansoni na cidade de Arcos-MG. Material e Métodos: Os moluscos foram coletados em coleções hídricas denominadas lagoa da Prainha e no rio dos Arcos, manualmente com o auxílio de pinças, acondicionados em caixas térmicas e levados para o laboratório de Iniciação Científica do UNIFOR-MG. No laboratorio, foi realizada a triagem e identificação dos moluscos, por meio das características morfológicas. Os moluscos foram analisados após uma hora de fotoestimulação artificial, para possível emersão de cercárias. Resultados: No período de abril a junho de 2022, foram coletados 276 moluscos. Desses, 65 exemplares eram da espécie B. glabrata, 192 Physa marmorata, 12 Melanoides tuberculata, 7 Drepanotrema sp. Conclusão: a pesar de, até o momento, não se ter encontrado moluscos positivos para larvas de S. mansoni o estudo ainda é altamente relevante, pois nesses locais, foram encontrados moluscos que são hospedeiros intermediários para a enfermidade, que podem, em algum momento, serem os responsáveis pela contaminação de novos indivíduos.