Sistema Online de Apoio a Congressos do UNIFOR-MG (SOAC/UNIFOR-MG), XIII Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão

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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA ATRAVÉS DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM MULHERES SUBMETIDAS AO TRATAMENTO PARA O CÂNCER DE MAMA
Letícia Júnia Ferreira, Fernanda Cristina Silva, Andrei Pereira Pernambuco

Última alteração: 2017-11-23

Resumo


Introdução: O câncer de mama (CM) é a neoplasia mais comum entre as mulheres, com prevalência de 2% na população mundial. Devido avanços no diagnóstico e tratamento, reduziu-se o índice de mortalidade por câncer. Mas, por ser um tratamento, na maioria das vezes, agressivo, efeitos adversos acompanham os benefícios. Há evidências de que a terapia adjuvante para o CM pode afetar a aptidão cardiorrespiratória, por interferir no sistema cardiovascular e respiratório. Objetivo: Avaliar a capacidade cardiorrespiratória de mulheres submetidas ao tratamento para o CM por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e comparar com o grupo controle. Material e métodos: Estudo observacional e transversal. Participaram do estudo 20 voluntárias do sexo feminino submetidas ao tratamento para CM e 10 mulheres saudáveis para compor o grupo controle (GC). Antes e durante o teste foram avaliadas: frequência cardíaca (FC), saturação de oxigênio (SpO2), pressão arterial sistêmica (PA) e a dispneia pela escala modificada de Borg.  Ao final, foi avaliada a distância percorrida por cada voluntária e comparada com a distância prevista. A estatística descritiva foi realizada por meio de medidas de tendência central e dispersão. O teste T de Student e o teste ANOVA Two Way foram utilizados para comparar os dois grupos do estudo nos diferentes momentos. O nível de significância foi de p ≤ 0,05. Resultados: Constatou-se diferença significativa ao comparar a distância percorrida do GC (550,2 ± 52,90) (p<0,2303) e CM (446,4 ± 63,68) (p<0,0001), a distância percorrida foi significativamente menor no grupo CM. No grupo com CM, os indivíduos caminharam em média 446,4 ±63,68 metros; a média esperada seria de 521,9 ±46,2 metros (85% do previsto). A média da FC, SpO2, PA e da escala de Borg em todos os momentos do teste apresentaram-se dentro dos parâmetros de normalidade, tanto no GC quanto no grupo com CM. Não houve diferenças estatísticas. Conclusão: Os resultados demonstraram que a capacidade cardiorrespiratória em mulheres submetidas ao tratamento para o CM está comprometida. Desse modo, é necessário que os profissionais da saúde passem a desenvolver estratégias de prevenção, promoção e recuperação mais eficazes para essa população.

 


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